23 de ago. de 2011

Perdão

Perdão



“Os Inimigos que não perdoamos dormirão em nossa cama e perturbarão o nosso sono”

(Augusto Cury)





Sugere-se que, perdão é ato ou escolha de colocar em liberdade a pessoa que ao menos no nosso conceito, deveria ser penalizada. É abrir mão do direito de cobrar ou receber o que é justo da pessoa que nos deve e vê-la como se nunca houvesse cometido qualquer falta. Este ato é chamado de Compaixão. MT 18:27



Percebe-se que a compaixão está em baixa hoje na igreja. Não é raro recebermos noticias sobre competições, abusos de autoridade, insubmissões, vinganças e divisões na igreja. A conseqüência disto tem sido inimizades, maledicências e homicídios. 1 João 3:15 /



Uma das maiores denominações em uma cidade do interior de São Paulo nasceu de uma divisão. Cresceu rápido, e novas congregações foram fundadas, e lideres foram designados para pastoreá-las. Estas congregações também começaram a crescer rapidamente, e com isto começou a surgir entre elas pressões e desconfianças; e também o desejo de desvinculo uma da outra. Isto piorava com as conversas e os desabafos. A primeira congregação fundada se separou e cresceu bastante, mas com o tempo, ela mesma se dividiu varias vezes.



Logo, um conjunto de congregações desse meio se dispôs a abandonar a sede e o seu pastor sênior. Dali surgiu ainda outra igreja. O pastor sênior da denominação entendeu que o melhor seria reunir os pastores das congregações e emancipá-los ao invés de deixar que as igrejas continuassem a se dividir daquela forma. Havendo feito isso, por um tempo, tudo parecia ser resolvido. A natureza dos diálogos mudou, e a paz parecia reinar.



Mas a bíblia diz que o Senhor considera a nossa motivação e as intenções (Veja MT 5: 27, 28 e Is 65:24). Tudo estava apenas anestesiado, não houve um perdão real; com o tempo, os ressentimentos voltaram a aparecer. Todas as congregações voltaram a se dividir e sofrem por isso até o dia de hoje.





A falta de perdão causa divisões na igreja, e destrói a vida das pessoas e os seus relacionamentos. Não precisamos ter amizade próxima ou intima com todas as pessoas. Isto nem é possível, mas anular de vez alguém que já é do nosso relacionamento é um sentimento inverso do perdão de Deus. Ele não nos anulou do relacionamento com Ele. Ele continua nos amando e anula, sim, as nossas faltas assim que nos arrependemos e as confessamos. Uma raiz de amargura surge quando permitimos que a decepção se transforme em ressentimento; ou quando alimentamos rancores relacionados às magoas passadas. Se existe uma raiz, então tem árvore, e por conseqüência haverá frutos. Estes frutos serão: a falta de graça, ciúmes, dissensões, fofocas, iras, mentiras, doenças, e o pior, a distancia de Deus.



Quantos lares estão destruídos! Você deve conhecer alguma família, onde o marido e mulher já não se amam mais; já não existe mais romance e a troca de presentes; ou então lares onde já se separaram; onde pais e filhos não se respeitam por causa de um abuso ou uma desobediência; irmãos que não se falam mais, mesmo dentro de sua própria casa. Podemos recordar a casa de Davi?





Em Mateus 18:21,22, Jesus diz á Pedro “...não te digo sete, mas até setenta vezes sete” (devemos perdoar).



O significado disto é que não há limite para perdoar. Digamos que devemos perdoar na mesma proporção em que somos perdoados pelo Senhor.



Com freqüência, a bíblia usa algumas expressões, como aquelas que uma criança usaria. Por exemplo, uma criança corre pros braços da mãe ou do pai e diz:



“Eu te amo do tamanho do mundo”.



Setenta vezes sete é o mesmo que dizer: perdoe sempre; faça sempre.



Não perdoar faz de nós algozes de nosso semelhante, assim como o credor incompassivo Citado em Mateus 18, a partir do versículo 23. Podemos ser perdoados por Deus somente quando também possuímos um coração de perdoar. Ou seja; se não perdoarmos, não receberemos perdão, pois, isto comprova nossa falta do amor e do conhecimento de Deus. É o mesmo que não crer que Ele perdoa pecados. (História da Corrie Ten Boom)





Ao olhar para nós mesmos, pesamos e medimos nossas atitudes de perdão? Costumamos enumerar a quantidade de vezes que perdoamos ou simplesmente perdoamos por ser natural em nossas vidas?



Lembramos que, assim como agimos com nosso semelhante, o Senhor também agirá conosco, pois, na verdade, o que fazemos, escolhemos, oferecemos ou recebemos, acontece diante Dele e para Ele.



Seria bom enxergarmos o perdão, não como um ato, mas como uma atitude que Deus tem. Quando vemos o perdão de Deus para nós, devemos enxergar uma de suas características. O caminho que Deus preparou, da salvação, indica que o perdão de Deus é, e sempre foi, uma predisposição de Deus para nós. Ou seja, Deus não foi confrontado com a necessidade de decidir se o nosso pecado fosse perdoável ou não; o perdão Dele veio antes do nosso pecado. AP 13:8



Só o fato de sermos confrontados com a necessidade de decidir se devemos perdoar alguém, já nos prova que o nosso perdão não é a atitude que Deus espera, pois, já não estamos predispostos. Assim que conseguirmos enxergar a diferença entre o real perdão de Deus e as nossas versões do que é perdoar, possuímos tal atitude.



Perguntas:

■O que é perdão?

■Quais são as conseqüências da falta de perdão na igreja hoje?

■Quais são as conseqüências da falta de perdão para o individuo?

■E na família; como a minha falta de perdão afeta os meus relacionamentos em casa com minha esposa; com meu marido; com os filhos; com os pais; etc?

■O que significa perdoar setenta vezes sete?

■Como a minha falta de perdão afeta a minha condição diante de Deus?

■Levando em consideração o quanto eu perdôo ou não, sou perdoado?

■Consigo perdoar mesmo antes que alguém peque contra mim?

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